quarta-feira, 4 de maio de 2011

Produção de energia no Brasil: para quê e para quem?

No Brasil, desde o começo do regime militar, iniciou-se a construção de grandes barragens, com o objetivo de gerar energia para que o Brasil pudesse crescer economicamente. Esse era o grande discurso do governo militar.
O Brasil, nesse momento histórico, intensificava seu processo de industrialização, e precisava de muita energia para que as indústrias funcionassem a todo vapor.
A primeira grande barragem construída no Brasil foi Itaipu, no rio Paraná. Essa barragem atingiu mais de 60 mil pessoas, expulsando de suas terras os camponeses que dali tiravam seu sustento.
Itaipu também era chamada de binacional, pois pertencia ao Brasil e ao Paraguai. Hoje, no Brasil, segundo o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), são mais de um milhão de pessoas expulsas de suas terras com a construção de grandes barragens, tanto para gerar energia como para o consumo humano. Violando os direitos dessas populações atingidas diretamente, por esse modelo energético brasileiro, a cada 100 atingidos, 70 desses, até hoje, não recebeu nenhum tipo de indenização.
Assim, essa forma de produção de energia tem trazido vários problemas sociais e ambientais.
O próprio governo Lula reconhece a dívida social que o estado brasileiro tem com essas populações atingidas, pois esses megaprojetos falam em nome do progresso e do desenvolvimento que, até agora, não chegaram para a camada mais pobre da sociedade brasileira. Essa forma de produção de energia, a hidroelétrica, é a mais barata, porém, nós brasileiros, pagamos a quinta maior tarifa do mundo.
Sendo assim, temos como objetivo, neste trabalho, analisar as seguintes questões: Será que esse progresso é para o povo brasileiro? Essa energia está a serviço de quem?

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